19 junho 2006

 

Tema

O tema deste projeto é: "A Desertificação na Paraíba"

 

Apresentação


Vez por outra a imprensa tem abordado o avanço da desertificação no estado da Paraíba. Conforme a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, a desertificação foi definida como sendo a degradação da terra nas zonas áridas, semi-áridas e sub-úmidas secas resultantes de fatores diversos tais como as variações climáticas e as atividades humanas. O tema tem preocupado bastante, realmente, quando constatamos que a cada dia vamos ficando mais pobres em termos de cobertura vegetal, principalmente na região de caatinga, onde se situa a maioria dos municípios paraibanos. Embora um problema universal, esse fenômeno deve ser combatido permanentemente.
O desmatamento desenfreado e as práticas erradas de uso do solo fazem com que a cada minuto, 12 hectares de terra virem deserto no mundo. O fenômeno da desertificação já afeta quase um terço da superfície do planeta Terra. Na Paraíba, o movimento SOS Mata Atlântica atesta que houve uma diminuição no avanço da desertificação, principalmente no desmatamento, que muito concorre para agravamento do quadro. No Brasil, o fenômeno atinge 180 mil quilômetros quadrados de terras, a maior parte no Nordeste.
Em alguns Estados, o modelo de produção baseado em intenso desmatamento, provocou mudanças climáticas que evoluíram para um tipo de desertificação somente visto no continente africano. Há estímulo para lutar contra o fenômeno, visto que embora haja uma situação de alto risco à economia nos Estados afetados, a degradação ambiental não é irreversível, pois as áreas afetadas necessariamente não se transformarão em áridos desertos de areia. Mas existem grandes áreas dentro de cada Estado que se não se tranformarem em deserto, perderão ainda mais sua fertilidade e com isso sua capacidade produtiva ficará seriamente ameaçada. Nesse contexto, segundo estudos de uma ONG francesa, a nossa Paraíba aparece com 63%; Ceará, 52%; Rio Grande do Norte, 36% e Pernambuco, 25%. Também estão ameaçadas pela desertificação diversas áreas do Estado da Bahia, especialmente aquelas localizadas no Sertão e no Semi-Árido baianos. Daí a necessidade dos órgãos de fiscalização ambientais intensificarem suas atividades preventivas ao desmatamento e incentivo ao reflorestamento e ao uso correto no manejo do solo, visando a evitar o agravamento do fenômeno no nosso Estado.


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Justificativa


A desertificação é vista pelos mais diversos estudiosos da questão ambiental como um dos mais graves problemas ambientais enfrentado pela humanidade. Suas causas e conseqüências envolvem as mais diversas esferas da sociedade, sejam elas: culturais, econômicas, sociais ou políticas. Seus impactos são observados em praticamente todos os continentes, sendo o Continente Africano o mais afetado. No território nacional, focos de desertificação são observados na região semi-árida do Nordeste brasileiro, comprometendo ainda mais a qualidade de vida de aproximadamente 18 milhões de pessoas que sobrevivem das atividades econômicas ligadas diretamente ao setor primário. Alguns núcleos de desertificação já podem ser observados na região: Cabrobó/PE; Gilbués/PI; Irauçuba/CE e Seridó/RN/PB. As áreas mais comprometidas são: o Agreste da Borborema; a Depressão do Alto Piranhas, o Curimataú; os Cariris Velhos e o Seridó. Com o propósito de representar uma pequena amostra das áreas desertificadas do Estado, foi definida uma área de estudo – Seridó – que será estudada pelos alunos da 7ª séries, num plano interdisciplinar, inclusive com a informática, buscando aferir os conceitos trabalhados em sala, a reflexão e, ainda, o despertar para os problemas ambientais, principalmente aqueles que atingem diretamente o nosso Estado.


 

Objetivo


3.1. Objetivo Geral:


Despertar o aluno para a problemática da desertificação, demonstrando a importância do uso sustentável dos recursos naturais para a conservação da vida.


3.2. Objetivos Específicos:
  • Identificar áreas em processo de desertificação;
  • Fazer o uso da internet para pesquisar e extrair dados atualizados;
  • Caracterizar o quadro geoambiental da área de estudo, observando as principais potencialidades naturais e socioeconômicas da região;
  • Resgatar a história da área em estudo;
  • Usar a informática como ferramenta de apoio para analisar quantitativa e qualitativamente os dados sócio-ambientais da área de estudo coletados, demonstrando-os através de planilhas e gráficos;
  • Trabalhar a produção de textos e elaboração de relatórios usando os recursos computacionais;
  • Propor medidas de prevenção para conter um possível avanço do processo de desertificação na área em estudo;
  • Divulgar todos os resultados em blogs.

 

Metodologia


A princípio se fará uma pesquisa bibliográfica com discussão dos conceitos básicos. Posteriormente, visita ao Laboratório e Oficina de Geografia da Paraíba (LOGEPA), localizados na Universidade Federal da Paraíba – UFPB –, com o objetivo de conhecer os percursos e caracterizar geograficamente a área de estudo. Após as discussões e estudos realizados em sala de aula, os alunos farão o trabalho de campo com a coleta dos dados pré-definidos pelos professores e uma outra coleta junto aos órgãos de pesquisa, como: IDEME, IBGE, universidades, entre outros. Esses dados serão demonstrados através de gráficos e planilhas que irão compor o relatório e auxiliarão a construção dos “blogs”, nos quais serão divulgados os resultados da pesquisa. A culminância do trabalho se dará com a realização do Fórum de Debates, no qual pesquisadores, professores, alunos e participantes em geral irão discutir alternativas de amenização dos efeitos da seca e de combate à desertificação. Nesse evento, os alunos irão expor os trabalhos, relatar a experiência vivenciada e trocar idéias junto à comunidade, e buscar a participação, em busca de contribuir para novas discussões sobre essa temática e despertar a consciência para questões sociais, ambientais, culturais e políticas.

 

Referências

http://www.auniao.pb.gov.br
http://www.esquel.org.br
http://www.igeo.uerj.br/VICBG-2004/Eixo2/e2_cd02.htm
http://www.bio2000.hpg.ig.com.br/desertificacao.htm

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